A dificuldade da Seleção Brasileira é uma característica nossa, destes tempos de extrema competitividade. Em tudo precisamos provar que somos os melhores, e no estresse do jogo da vida e da morte, perdemos no segundo tempo. O goleiro do Flamengo, por exemplo. Se as suspeitas se confirmarem, foi pura falta de controle que o transformou em assassino da ex-amante. E esse PM que matou o motociclista na blitz policial em Caxias do Sul? Foi descontrole. O que acontece no campo de futebol diante de milhões de expectadores, se dá na vida real fora dos gramados. E pior, acontece com nós. No trânsito, no serviço, no supermercado, na família... E desse jeito perdemos o prêmio – a coroa da temperança, do bom senso, da vida.
Aristóteles escreveu: “Considero mais corajoso aquele que domina os seus próprios desejos do que aquele que conquista os seus inimigos; pois a vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio eu”. Paulo sabia disto e por isto confessa: “Não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é eu que faço (...) Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?” Ele logo responde num desabafo: “Jesus Cristo” (Romanos 7.19, 25). Na carta aos Gálatas lembrou que um dos frutos do Espírito Santo é o domínio próprio (5.23).
Ao admitir que o maior inimigo sou eu mesmo, então, e só então, começa o treinamento. Uma agonia, sem dúvida, mas que redunda em domínio próprio. O único jeito nesta competição. Por isto a recomendação: “Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida” (Gálatas 5.25).
Marcos Schmidt
pastor luterano
fone 8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
8 de julho de 2010
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