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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Perder para ganhar

O assunto já encheu a nossa paciência, mas se ainda existe resignação, penso que no livro "Lições da Copa" o mais significativo fica no capítulo Saber Perder. Os argentinos não souberam. "Nos robaron la ilusión", reclamaram eles. Os alemães souberam ganhar. Antes e depois. O que não veio de graça. Este povo precisou encurvar-se de forma dolorosa após a queda do nazismo - tudo por conta da soberba. Qualquer arrogância - no esporte, na tradição cultural, na etnia, na religião, na carreira profissional, no status social, no nível econômico - carrega um domínio pernicioso quando sempre na vida há vencedores e perdedores. Para nós brasileiros foi menos traumático perder por 7x1 de uma Alemanha que não tirou nossa dignidade.
 
O apóstolo Paulo pensou em algo parecido quando escreveu: "Mas dou graças a Deus porque, unidos com Cristo, somos sempre conduzidos por Deus como prisioneiros no desfile de vitória de Cristo. Como um perfume que se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus..." (2 Coríntios 2.14). Ele busca uma imagem estarrecedora para falar de outra coisa. Quando o cruel exército romano entrava triunfalmente na capital arrastando por correntes e chicotadas os prisioneiros de guerra, neste caminho de vitória e humilhação haviam piras de incenso que exalavam um perfume que invadia toda a cidade. Paulo diz que é muito melhor ser prisioneiro de Cristo, e que a vida do cristão é um perfume que espalha vida. Ser prisioneiro de Cristo não deixa de ser um processo doloroso, exige a desistência de qualquer virtude, vaidade, ostentação, valentia. É preciso render-se, humilhar-se, desistir da auto suficiência e vitória pessoal. Atitudes estúpidas à natureza humana, mas necessárias para Cristo reinar em seu amor e, desta forma irracional, conduzir alguém à verdadeira vitória.  Ao falar desta conquista, Paulo diz que "somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós" (4.7).

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